A cada dia os smartphones ficam mais parecidos com os computadores pessoais. Eles tem sistemas operacionais completos, processadores de alto desempenho, telas de alta resolução, gigabytes de espaço em disco e podem rodar aplicativos variados, além de possuir multitarefa. Pois pode acrescentar a esta lista mais uma semelhança: a capacidade de overclock, ou seja, fazer o processador funcionar a uma frequência (clock) acima da especificada pelo fabricante.
Membros do fórum AllDroid conseguiram fazer o processador do Motorola DROID, um ARM Cortex A8 de 550 MHz, rodar “estável” a 800 MHz. Na verdade é possível ir mais além, e chegar a 1.1 ou 1.3 GHz, o que tornaria o DROID o smartphone Android mais rápido do mercado, superando o Google Nexus One que roda a 1 GHz. Infelizmente, nestas frequências extremas o aparelho não é estável.
Para reproduzir o feito é necessário desbloquear o aparelho e instalar um novo firmware já modificado para a frequência desejada: 800 MHz, 900 MHz ou 1.1 GHz. Não é preciso dizer que o processo é delicado, invalida a garantia do aparelho e, se feito da forma errada, pode transformar seu querido smartphone em um caríssimo peso de papel. Infelizmente os inúmeros relatos de sucesso de usuários empolgados no fórum AllDroid não mencionam o impacto na autonomia de bateria: um processador rodando mais rápido consome mais energia, e de nada serve um smartphone ultra-rápido com a bateria vazia. Justamente por isto é comum fabricantes de celulares praticarem o underclock, ou seja, rodar um processador com velocidade menor que a especificada pelo fabricante do chip para reduzir o consumo.
Outro problema até o momento ignorado é o aquecimento: o DROID (e sua contraparte nacional, o Milestone) já tem naturalmente a tendência de esquentar consideravelmente na tampa traseira, logo ao lado da lente da câmera. É de se esperar que o aparelho fique ainda mais quente com a mudança.
Via: Geek
